A Kológica de Geninha Varatojo sobre a Filosofia de Vida Macrobiótica
A Kológica de Geninha Varatojo sobre a Filosofia de Vida Macrobiótica
Sobre o meu convidado
Geninha Horta Varatojo é, juntamente com Francisco Varatojo, fundadora do Instituto Macrobiótico de Portugal. Gosta de pintar, de música, do mar, de actividade física, de conviver , terraços com vista e de viajar. Escreveu 6 livros e tem 4 filhos que educou e alimentou seguindo os princípios mais naturais e ecológicos. Neste episódio falamos sobre a filosofia macrobiótica e como nos pode ajudar a lidar com as emoções, mudanças e desafios na nossa vida. Falamos ainda sobre o Amor e a arte.
Temas deste Podcast
Definição de Macrobiótica
– Acordada na Conferência Internacional de Macrobiótica, realizada em Berlim, por 45 professores de Macrobiótica de diversos países. – 9 de Novembro de 2017
“A Macrobiótica é um modo de vida que orienta as escolhas individuais em alimentação, atividade física e estilo de vida.
É um sistema de princípios e práticas que visam o equilíbrio em benefício do corpo, da mente e do planeta.
A origem da palavra vem do grego antigo — Macro (grande ou longa) e Bios (vida ou forma de vida).”
Utilize, por favor, esta definição no seu site e redes sociais, para que possa tornar-se uma definição comum. Isto ajudará a criar uma maior coesão e coerência na comunidade macrobiótica.
Macrobiótica
Nome, f.
1. uma forma de vida que orienta as escolhas individuais de alimentação, actividade e estilo de vida.
2. um sistema de princípios e práticas de harmonia para beneficiar o corpo, a mente e o planeta.
Adjetivo, f. m.
Como em: a filosofia macrobiótica ou o padrão alimentar macrobiótico.
Origem da palavra: do grego antigo — Macro (grande ou longa) e Bios (vida ou forma de vida).
A Macrobiótica não é exclusivamente uma dieta, um regime, mas sim um estilo de vida que tem como objectivo último ajudar-nos a desenvolver o nosso potencial humano, ao seguirmos as leis da natureza dum ponto de vista biológico (através da alimentação), ecológico (fazendo escolhas diárias que contribuem para uma melhor qualidade de vida ambiental), social e espiritual (tratando os outros com amor e compaixão e assumindo a nossa responsabilidade como um pequeno elo numa vasta cadeia de seres e fenómenos).
A origem da palavra é grega, “macro” – grande – e “bio” – vida e não significa apenas “grande vida” mas também a capacidade de vivermos a vida duma forma grandiosa e magnífica. A esse nível, a alimentação é importante, essencial, porque nos dá a base biológica, a saúde para gozarmos a vida em todo o seu esplendor e para termos sensibilidade para com o meio que nos rodeia. Nós somos literalmente o que comemos, os alimentos criam o nosso sangue que vai nutrir as células, os órgãos, o cérebro. Sem alimentos a vida não é possível.
A palavra Macrobiótica foi utilizada por filósofos gregos como Hipócrates e na era moderna primeiro no séc. XVIII por um professor de medicina alemão, médico pessoal de Goethe, chamado Christoph Von Hufeland que escreveu o livro “Macrobiótica, ou a Arte de prolongar a Vida” onde prescreveu recomendações muito semelhantes às da “macrobiótica moderna”. Nos finais do séc. XIX, um médico do exército japonês, Sagen Ishisuka, que se curou duma doença de rins intratável pela medicina moderna, adoptando um regime alimentar baseado em cereais integrais e vegetais, fundou a primeira organização macrobiótica denominada na altura Sokuiokai e foi extremamente famoso no Japão nos finais do séc. XIX e início do séc. XX.
Para Ishizuka todos os problemas de saúde e sociais tinham como origem uma má nutrição, particularmente um desequilíbrio entre sódio e potássio nos alimentos e, para ele, todos os problemas podiam ser corrigidos adoptando uma prática alimentar de acordo com a constituição biológica humana, em especial a utilização de cereais integrais e vegetais como alimentos principais.
O trabalho de Ishizuka foi continuado e desenvolvido por George Ohsawa que nos anos 30 trouxe os seus ensinamentos para a Europa, em especial para a França e Bélgica; Ohsawa escreveu dezenas de livros e foi relativamente conhecido em França, mas duma forma geral, o que se conhece mais da abordagem de George Ohsawa é uma prática alimentar macrobiótica extremamente restritiva que não se adapta bem (na minha opinião) à vida moderna. Isto, apesar de Ohsawa ter uma concepção extremamente alargada do regime macrobiótico, recomendando desde dietas muito simples, monodietas, até regimes com uma quantidade aceitável de produtos animais e pequena quantidade de bebidas alcoólicas.
Ohsawa prescrevia segundo a condição individual – para ele, praticar macrobiótica era comer segundo as necessidades em constante mutação de cada um – para algumas pessoas jejuar é a terapia, para outros comer bastante variedade e divertir-se é a solução mais indicada. No entanto, na prática diária, os cereais integrais e os vegetais continuam a ser os alimentos mais adaptados à espécie humana, e consequentemente aqueles que mais ajudam a criar e a manter a saúde.
Os ensinamentos de George Ohsawa foram na geração seguinte disseminados pelos seus discípulos orientais particularmente Michio e Aveline Kushi, Herman e Cornelia Aihara, Tomio e Bernardete Kikuchi, Shizuko Yamamoto, Clim Yoshimi, entre outros e na geração actual especialmente por estudiosos europeus e americanos. Michio Kushi, residente nos Estados Unidos desenvolveu um modelo alimentar mais simples de compreender e mais adaptado à vida moderna denominado “Alimentação Macrobiótica Padrão” (Standard Macrobiotic Diet), o modelo alimentar mais utilizado pela maioria dos praticantes macrobióticos modernos.
Nas linhas que me restam para concluir este artigo, vou tentar identificar aqueles que me aparecem ser os aspectos mais importantes da alimentação e estilo de vida macrobióticos.
Devemos comer segundo as nossas características biológicas – o Homem é por natureza um ser designado para comer maioritariamente alimentos de origem vegetal, em particular cereais e vegetais, apesar de ter a capacidade para ingerir de tudo.
A alimentação deve reflectir o enquadramento geográfico e climático pelo se deve adaptar aos diferentes climas e habitats; deve também ser tradicional, ou seja devemos escolher um estilo alimentar que venha a ser seguido há séculos (os cereais, os vegetais e as leguminosas foram a base alimentar da espécie humana durante milhares de anos e só recentemente esses hábitos foram alterados).
A noção de bipolaridade, ou a teoria de “yin” e “yang” é uma parte essencial deste estilo de vida – a ideia de que todos os fenómenos, alimentos incluídos, têm qualidades energéticas, metafísicas e de que a harmonia relativa é conseguida quando “equilibramos” estes dois pólos, yin e yang, nas nossas vidas.
Temos o livre arbítrio para escolhermos comer e viver como quisermos, mas há uma responsabilidade inerente a cada uma das escolhas que fazemos; não existem alimentos proibidos mas existe um critério a partir do qual podemos escolher duma forma mais responsável e consciente.
Essencialmente, na prática da Macrobiótica, a saúde e a felicidade começam em cada um de nós, e as nossas vidas são em grande parte, um reflexo das nossas escolhas e prioridades.
Espero que, com este artigo, passe a ter uma ideia mais alargada e mais acertada do que significa praticar macrobiótica; oportunamente escreverei sobre os aspectos mais técnicos e nutricionais desta prática alimentar.
(https://www.institutomacrobiotico.com/pt-pt/imp/o-que-e-macrobiotica)
O Instituto Macrobiótico de Portugal nasceu em 1985, fruto de uma vontade comum de partilhar e desenvolver uma série de saberes relacionados com saúde e bem-estar, alimentação natural e estilos de vida mais saudáveis e ecológicos.
Foi fundado por Francisco e Geninha Varatojo, tendo-se tornado, na altura, uma das delegações do Instituto Kushi de Boston, para além das várias situadas nas principais capitais europeias. O objetivo primordial do Instituto foi o de garantir uma vertente formativa que se considerava inexistente em Portugal. Desde o seu início, o IMP revelou uma atividade bastante diversificada, num país ainda muito fechado a temáticas relacionadas com a ecologia e a relação entre a saúde, o meio ambiente e a alimentação. Através de palestras regulares, atividades em escolas, cursos de culinária, publicações em revistas, organização de seminários e programas residenciais, o IMP começou lentamente a demonstrar a sua proatividade, consistência de princípios e pertinência de atuação.
Francisco Varatojo nasceu a 13 de novembro de 1960, na cidade de Leiria, e partiu a 6 de julho de 2017, no fundo do mar… Pelo meio, ao longo destes 56 anos e um pouco por todo o mundo, deixou uma extraordinária história de amor a uma causa.
Dono de uma curiosidade insaciável e de uma sagacidade ímpar, Francisco cedo se começou a interessar por temas como nutrição, ecologia e espiritualidade. Mas foi no alto dos seus 16 anos de adolescente, que se abriu a porta para a descoberta que viria a marcar para sempre a sua vida: a Macrobiótica.
(https://www.institutomacrobiotico.com/pt-pt/imp/professores-e-terapeutas/francisco-varatojo)
Os praticantes do sufismo, conhecidos como sufis, procuram desenvolver uma relação íntima, direta e contínua com Deus, utilizando-se das práticas espirituais transmitidas pelo profeta Maomé.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufismo)
Por meio da música, da dança e da literatura, os sufis tentam perceber a origem de todos os acontecimentos. Para eles, a inspiração é mais importante que as regras e o desenvolvimento da percepção e dos sentidos é o caminho para ouvir o divino.
Os giros realizados pelos dançarinos, vestidos por saias longas e rodadas, ecoam a atividade cósmica. Por valorizarem a sensibilidade individual, cada um busca o universo espiritual dentro de si, único e intransferível.
(https://namu.com.br/portal/filosofia/filosofias-orientais/danca-sufi-e-o-rodopio-que-eleva-a-alma/)
Nuno Michaels é conselheiro astrológico, autor, e professor de astrologia e consciência a tempo inteiro desde há dezasseis anos.
É Life-Coach certificado pela International Coaching Community e treinado(r) em Consulting Skills for Astrologers pela ISAR – International Society for Astrological Research, associação de que foi também, no passado, vice-presidente para Portugal. Curador/Técnico de Chakras formado por Sir Martin Brofman e certificado pela Brofman Foundation for the Advancement of Healing.
Orador e participante em eventos astrológicos internacionais como a United Astrology Conference (UAC – New Orleans, Maio de 2012) ou a NorthWest Astrological Conference (NORWAC – Seattle, 2013, 2014 e 2016), Balkan International Conference (Belgrado, Sérvia, 2014 e 2016), ou a ISAR Conference 2014 (Phoenix, Arizona).
Actualmente vive em Lisboa, dedicado aos seus quatro gatos, à escrita, a uma prática muito preenchida de aconselhamento, presencialmente e à distância, e ao ensino regular de Astrologia e Consciência por diferentes vias e formatos.
(https://www.institutomacrobiotico.com/pt-pt/imp/professores-e-terapeutas/nuno-michaels)
Ver Podcast
#105 A Kológica de Ângelo Surinder sobre Sound Healing
No episódio #105 do podcast Kológica, Ângelo Surinder explica cientificamente o poder de cura da música e do som.
#104 A Kológica de Pipa Cardoso sobre o The Ask Game
No episódio #104 do podcast Kológica,
falo com a Pipa Cardoso, criadora do jogo Ask. Este foi o primeiro episódio que não preparei para deixar a magia do jogo acontecer.
#103 A Kológica de Paulo Moreira sobre Inteligência Emocional
No episódio #103 do podcast Kológica, Paulo Moreira explica o que é a Inteligência Emocional e deixa-nos dicas para o dia-a-dia
#102 A Kológica de Rita Tapadinhas sobre Escolhas Sustentáveis
No episódio #102 do podcast Kológica, Rita Tapadinhas partilha como podemos ter um impacto positivo no planeta com escolhas mais sustentáveis
#101 A Kológica Do Bem de Isabel Silva
No episódio #101 do podcast Kológica, Isabel Silva partilha as suas práticas para uma vida plena e explica o que é ser Do Bem.
#100 A Kológica de Tânia Graça sobre Empoderamento Feminino
No episódio #100 do podcast Kológica Tânia Graça e eu falamos sobre sexo, prazer e empoderamento feminino e desmistificamos alguns tabus.